Tarot: Introdução

Imagem do Domínio Público com modificações.

(Essa é uma repostagem da minha introdução ao tarot, que estava em meu antigo blog).

Você já quis ou quer desvendar o futuro?


Receber aquele conselho para saber como arranjar emprego, conquistar aquele/a boy/girl?


Meditar se deve ou não comprar aquele objeto que viu na vitrine?


Esse é um texto introdutório para a série de postagens que farei sobre o Tarot, a série será extensa onde pretendo apresentar o que é o tarot, o que são arquétipos, quais são os Arcanos Maiores e Menores detalhadamente, formas de jogar Tarot e como usá-lo para magia ou em seu dia a dia.

O QUE É O TAROT

Tarot ou Tarô é um conjunto de cartas, lâminas ou arcanos que guardam arquétipos significativos em forma de um baralho de cartas. O Tarot possui 78 cartas sendo dividido muitas vezes em duas partes: Arcanos Maiores (22 cartas, representando os arquétipos maiores) e Arcanos Menores (56 cartas que apresentam como os Arcanos Maiores são manifestados ou experimentados na vida cotidiana). Em alguns casos, autores e tarólogos costumam separar os Arcanos Menores das Cartas da Realeza, dividindo assim o  Tarot em três partes (Arcanos Maiores - 22 Cartas / Arcanos Menores - 40 cartas / Cartas da Realeza - 16 cartas).

"Tarot Cards and Shark Skin Box" de Malcom Lidbury com modificações.

O QUE AS LÂMINAS GUARDAM


Arcanos Maiores e Menores guardam codificações: cores, sintonias, desenhos e elementos ligados ao arquétipo. Além de um nome, os Arcanos possuem um número e você pode usá-lo também para tentar refletir o que o tarot quer dizer, assim como os Arcanos Maiores tem ligação com a Astrologia e a Cabala. O baralho pode conter um desenho abstrato ou uma representação mitológica ligada ao arquétipo, use o baralho que melhor despertar sua intuição e sua curiosidade. As lâminas podem guardar sua vida, assim como podem guardar nada.

Os Arcanos Maiores cuidam da viagem interna, da evolução e da jornada do louco através de 22 arquétipos.

Os Arcanos Menores tratam da viagem externa, dos acontecimentos, com 40 manifestações dos 22 arquétipos.

As cartas da realeza apresentam 16 tipos de personalidade (sensação, emoção, pensamento e intuição) que mostram 16 comportamentos e personalidade dos 22 arquétipos.

ARQUÉTIPOS & SIMBOLOGIA


Os arquétipos podem ser encontrados nos mais diversos mitos, contos de fadas, ensinamentos esotéricos, etc. Seria um modelo hipotético e abstrato de uma imagem, fenômeno, símbolo. Indicando a "existência de determinadas formas de psique  que estão presentes em todo o tempo e em todo lugar" (JUNG, 2000, p. 53), imagens primordiais que estariam no "inconsciente coletivo" (que, cá entre nós, a depender do campo que você ocupada na sociedade, poderá acabar interpretando de uma forma específica. Por exemplo, acaso tenha uma espiritualidade esotérica poderá encarar como resquício de vidas passadas, de informações primitivas das primeiras vidas, etc. Ou, se for um cético, teórico, estudioso, dirá que são mecanismos culturais impostos pela sociedade[!], etc).

Esses arquétipos estariam notoriamente presentes nos 22 Arcanos Maiores: (00 ou 22) O Louco, (01) O Mago, (02) A Sacerdotisa (Papisa), (03) A Imperatriz, (04) O Imperador, (05) O Hierofante (Papa), (06) Os Enamorados, (07) O Carro, (08) A Justiça, (09) O Eremita (Ermitão), (10) A Roda da Fortuna, (11) A Força, (12) O Enforcado (Pendurado), (13) A Morte, (14) A Temperança, (15) O Diabo, (16) A Torre (Casa de Deus), (17) A Estrela, (18) A Lua, (19) O Sol, (20) O Julgamento e (21) O Mundo. Todos esses arquétipos estão presentes nas mais diversas sociedades espalhadas pelo tempo e espaço, e são lidos de formas diferentes, embora tracem a mesma ideia. Por exemplo, se você é cristão, certamente se assustou com o Arcano 15 (o diabo). Na verdade, talvez já tenha ficado de cabelo em pé com o arcano 13 (a morte). O tarot lhe fará refletir: o que está por detrás dos arquétipos do diabo e da morte? Talvez eles tenham muito a lhe dizer como símbolos primordiais e não como você os interpreta de acordo com sua religião/ideologia, etc.

Esses arquétipos também falam por meio de símbolos, que por sua vez [os símbolos] recebem mais destaque entre os Arcanos Menores. O primeiro símbolo a ser considerado é o seu naipe:

PAUS ♣ FOGO △
OUROS  TERRA 
ESPADAS ♠ AR 
COPAS  ÁGUA ▽

Trataremos detalhadamente sobre os Arcanos Menores aqui no blog muito em breve, logo após os Arcanos Maiores.

PARA QUE ELE SERVE?

O Tarot possui multiuso. Você pode usá-lo para os mais diversos fins: para saber sobre o futuro, compreender situações cotidianas, meditar, refletir, evoluir, atingir os seus conhecimentos conscientes e inconscientes, alcançar a sua voz interior, facilitar suas decisões, receber conselhos e posicionamentos e encontrar os caminhos para o fim desejado. O Tarot definitivamente irá te surpreender, quando ele não te der uma resposta ele te dará um tema para meditar ou um conselho, para que você possa amadurecer a sua ideia inicial ou refletir sobre seus posicionamentos.

"Crystal Ball" de Geoff Wong com modificações.

AUTORES E TIPOS

Acredita-se que o Tarot de Marselha (Tarot de Marseille) tenha originado ou dado o padrão para os baralhos de Tarot atuais. A partir do século XIX, estudiosos e ocultistas passaram a se aprofundar nos símbolos e arquétipos e gerar os seus próprios baralhos através de seus estudos e leituras. Dessa forma, o Tarot assumiu novas cores, novas imagens, novos significados através dos mesmos arquétipos. O Tarot consegue assim retratar novas formas de vida, identidade e de uma espiritualidade com um quê de ciência.

Arthur Edward Waite autor do Tarot Universal de Waite (creio que o mais conhecido após o de Marselha) foi o responsável por aproximar o Tarot do ocultismo, afastando as figuras cristãs do Papa e Papisa para Hierofante e Sacerdotisa. Tendo as ilustrações projetadas pelo próprio Waite e as pinturas feitas pela artista Pamela Colman Smith, seu Tarot Universal conseguiu ganhar espaço entre os adivinhos e a cultura ocultista.

Aleister Crowley autor do Tarot de Thoth (cujo as cartas foram pintadas por Frieda Harris) também traz consigo um tarot significativo que se aprofunda ao quesito de cabala e árvore da vida; Juliet Sharman-Burke autora do Tarot Mitológico talvez consiga esclarecer o fator dos arquétipos com mais clareza através de seu Tarot envolvendo ilustrações ligadas à mitologia grega, sem dúvida um tarot que pode servir de bússola para o iniciante que gosta ou tem algum conhecimento sobre mitologia grega.

Diversos outros autores escreveram sobre o tarot e suas interpretações ou criaram outros baralhos segundo suas interpretações dos arquétipos. Talvez você se interesse em pesquisar nomes importantes como: Angeles Arrien (The Tarot Handbook), Norma Cowie (Explorind the Patterns of the Tarot), Pamela Eakins (Tarot of the Spirit), Gail Fairfield (Every Day Tarot), Mary Greer (Tarot for Your Self), Vicki Noble (Motherpeace Tarot), Rachel Pollack (Tarot Wisdom), R. J. Stewart (The Merlin Tarot), Barbara Walker (Barbara Walker's Tarot), James Wanless (Voyager Tarot), Oswald Wirth (Oswald Wirth Tarot) e Jana Riley (Tarô Dicionário & Compêndio).

CURIOSIDADE

O baralho comum, aquele que possui os quatro naipes (paus, espadas, ouros e copas) é justamente o baralho padrão dos Arcanos Menores, com o acréscimo do coringa (O louco - a carta inumerável dos Arcanos Maiores). As ilustrações apenas foram simplificadas, mas, o modelo de jogo lúdico que era tido pelas cortes desde o século XV em diante continuam.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Sempre digo que se envolver com o Tarot é como viver um romance. Mesmo que não se sinta perdidamente apaixonado - o ideal seria que se sentisse -, comece a flertar. Aproximar-se & apaixonar-se sem medo de ser feliz. Sentir e desvendar as lâminas é como um primeiro beijo. A interpretação e a leitura - em voz alta ou não - é como o primeiro toque. O futuro se revelando em breve, mostrando que as cartas estavam certas é o orgasmo sexual. E cuidar da limpeza e cuidados de seu Tarot e incluí-lo sempre em sua vida é o anel de compromisso.


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Toda vez que você encontrar um [!] ele virá acompanhado de um link, que é a referência de onde a afirmação foi retirada, não necessariamente com as mesmas palavras, mas, com a apropriação do texto.

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